Como Incentivar o Empreendedorismo Feminino

Todos os anos, no dia 19 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Essa data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014 para evidenciar, destacar e valorizar o papel da mulher no ambiente empreendedor.

Mas será que temos motivos para comemorar?

Que mulher tem um instinto empreendedor, já está mais que claro. Afinal, mulheres calculam riscos antes fazer algo novo, são persistentes, buscam oportunidades, são comprometidas, se preocupam com a qualidade do que realizam, entre tantas outras características do comportamento empreendedor.

Talvez seja por esse motivo que 55,5% das novas empresas criadas no período da pandemia (2020) foram abertas por mulheres, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, realizada em parceria com o Sebrae.

Essa mesma pesquisa trouxe outros dados muito relevantes: O Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo. Dos 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões – ou 57,7% – são do sexo feminino. Entre MEIs, as mulheres representam 48% do total de microempreendedores individuais.

Somos muitas!

Mas agora eu gostaria de parar de falar de números, e convidar você para buscar em sua própria memória algumas referências femininas. Pensa em um setor/segmento primeiro. Por exemplo, aqui trabalhamos com publicidade, somos uma agência de marketing. Você consegue buscar em sua memória as maiores referências desse setor? E essas empresas são lideradas por homens ou por mulheres?

Te convido a “brincar” de fazer esse exercício com outros setores. Não precisa ser setores majoritariamente masculinos, apenas setores, viu? Por exemplo, as maiores referências do setor financeiro. Homens ou mulheres?

E você pode até defender a existência de uma mulher referência em algum setor, mas você precisa concordar comigo que ela é a exceção.

Até quando uma mulher que se posiciona será vista como “grossa”?

Até quando uma mulher liderando precisará ser “brava” para impor algum respeito?

Até quando seremos a maioria dos empreendedores do Brasil, mas não seremos líderes do setor?

Até quando homens irão confiar menos em nós do que se fossemos outros homens?

Até quando vamos ser maioria em cursos superiores e qualificação, mas minoria em posições de liderança e faixa salarial?

Eu posso dizer com a minha experiência que em muitos momentos duvidaram da minha capacidade profissional, e eu sei que foi apenas por ser mulher. Eu não sou a “menina do marketing” e espero que você também não aceite mais esses apelidos pejorativos.

Para mudar esse cenário, cada uma de nós pode fazer sua parte, mesmo que pareça pequena, para incentivar o empreendedorismo feminino:

  • Contratando colaboradoras mulheres
  • Comprando/contratando de negócios de mulheres
  • Seguindo influenciadoras mulheres
  • Lendo livros de mulheres
  • Assistindo conteúdo de mulheres
  • Valorizando mulheres.

Posso contar com você?

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